Dia Mundial de Combate à Tuberculose: conheça iniciativas da UFG
Pesquisas de diferentes unidades acadêmicas da Universidade buscam novas opções para prevenção, diagnóstico e tratamento da doença
Esta sexta (24/3) é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. A data foi estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1982 em homenagem aos 100 anos do anúncio da descoberta do bacilo causador da doença, que ocorreu em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch.
A UFG desenvolve diferentes pesquisas voltadas ao enfrentamento da tuberculose. A Rede Goiana de Pesquisa em Tuberculose e Micobacterioses, coordenada pelos professores Ana Paula Junqueira-Kipnis e André Kipnis, é sediada no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP/UFG).
Os estudos da rede são voltados ao entendimento da relação patógeno-hospedeiro buscando encontrar biomarcadores que possam ser utilizados no desenvolvimento de novos kits de diagnóstico ou de novas vacinas para a tuberculose, tanto humana quanto animal.
Seguem mais exemplos de iniciativas de pesquisas desenvolvidas na Universidade.
Avaliação do papel de vesículas extracelulares derivadas de células B-1 na resposta imune de doenças pulmonares granulomatosas crônicas
O presente trabalho tem como objetivo avaliar o papel dos linfócitos B-1 e seus mecanismos imunes, sejam eles por meio dos exossomos ou não, na resposta imune de duas patologias pulmonares granulomatosas crônicas (Tuberculose e Paracoccidiodomicose). Coordenadora Ana Paula Junqueira Kipnis - IPTSP/UFG.
Avaliação da radiografia de tórax através de Machine learning, como um novo instrumento para identificação precoce da tuberculose pulmonar – Programa XmarTB
O objetivo do estudo é avaliar uma estratégia de detecção precoce de tuberculose pulmonar ativa, baseada na suspeita radiográfica identificada por um software de inteligência artificial, aplicado a todas as radiografias de tórax (RXT) realizadas no centro de estudo. Coordenador Marcelo Rabahi – FM/UFG.
Apoio Institucional e a Detecção de casos de Tuberculose no Brasil
O estudo objetiva avaliar as ações para detecção de casos de tuberculose na atenção primária, considerando como estas ações são desenvolvidas quando associadas ao apoio institucional ofertado por gestores e também, como são recebidas pelos profissionais das equipes de atenção básica. Coordenadora Roxana Gonzales – FEN/UFG.
Clonagem e caracterização de proteases secretadas pelo Mycobacterium tuberculosis e seu emprego como alvo de novas drogas e vacinas contra tuberculose.
O estudo propõe clonar e caracterizar três proteases diferentes de Mycobacterium tuberculosis e analisar sua interação com o sistema imune, usando o modelo de infecção murino. Para atingir estes objetivos, pretende-se clonar e expressar essas proteínas em E. coli para caracterizar sua função e ainda pretende-se deletar/inativar estes genes em M. tuberculosis para investigar sua essencialidade e/ou seu papel na virulência e imunogenicidade. Coordenador André Kipnis – IPTSP/UFG.
Análise da efetividade do tratamento da tuberculose com dois esquemas distintos no estado de Goiás
O estudo tem por objetivo avaliar a prevalência dos desfechos do tratamento de tuberculose no estado de Goiás no período de 2005 a 2014, através dos dados disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás, pontuando os resultados de cura, abandono, falência e recidiva. Com isso, espera-se que este trabalho possa servir de embasamento para futuras revisões da efetividade do tratamento da tuberculose ou para mudanças no esquema preconizado. Coordenador Marcelo Rabahi – FM/UFG.
Repercussão da pandemia da COVID-19 na tuberculose em capitais brasileiras: realidade e novas perspectivas na atenção primária
O estudo objetiva analisar a repercussão da pandemia da COVID-19 nas ações de controle da tuberculose no âmbito da atenção primária da saúde em diferentes capitais do Brasil (Florianópolis, São Paulo, Goiânia, João Pessoa, Maceió e Porto Velho) a partir de um estudo de método misto com estratégia explanatória sequencial (primeira etapa quantitativa, seguida pela qualitativa). Coordenadora Roxana Gonzales – FEN/UFG.
A doença
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo Bacilo de Koch ou Mycobacterium tuberculosis que afeta principalmente os pulmões, mas pode atacar também outros órgãos como: rins, ossos e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
A transmissão ocorre diretamente de pessoa para pessoa, quando o doente emite, ao falar, espirrar ou tossir, gotículas com o agente infeccioso que podem ser absorvidas por outro indivíduo.
Existe vacina para a prevenção da tuberculose - a BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponibilizada no Sistema Único de Saúde, dentro do Plano Nacional de Imunizações, para crianças de zero a cinco anos.
Já o tratamento é realizado à base de antibióticos que precisam ser administrados pelo paciente por seis meses ininterruptos para que a cura seja efetiva e para evitar complicações ou o desenvolvimento de formas da doença resistentes aos tratamentos disponíveis.
Apesar dos esforços das autoridades de saúde de todo o mundo, a tuberculose continua afetando milhões de pessoas, situação que piorou com a pandemia de covid-19. De acordo com a OMS, em 2021, 10,6 milhões de pessoas ficaram doentes de tuberculose e 1,6 milhão morreram em todo o mundo - números que mostram a alta taxa de mortalidade da doença.
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde; Organização Pan-Americana de Saúde; SIGAA-UFG
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