Porque participar da iniciação à pesquisa?

A iniciação à pesquisa não é apenas para aqueles que querem seguir a carreira acadêmica.

A exposição ao método científico permite que o estudante desenvolva habilidades para a resolução de questões complexas, o espírito  crítico e a organização, além de trabalhar a escrita e a verbalização de ideias, desenvolvimento de projeto e gerenciamento de tempo, fortalecimento de princípios éticos profissionais, criatividade e capacidade de pensamento abstrato e formação de redes para trocas de experiência. Essas habilidades podem ajudar o estudante em qualquer escolha profissional que fizer, mesmo fora do ambiente acadêmico, bem como na sua vida pessoal. Em outras palavras, a iniciação à pesquisa científica ou tecnológica e em inovação, qualifica a formação profissional daquele que dela participa.

Indicadores de impacto da Iniciação à Pesquisa

Trabalho realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, mostrou a influência do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) “na redução do tempo de ingresso no mestrado, o que colabora para a formação pós-graduada mais precoce e mais articulada com a graduação”.

Segundo esse estudo, as chances dos egressos do PIBIC completarem o mestrado é 2,2 vezes maior e de completarem o doutorado 1,51 vezes maior em relação à chance dos alunos que não participaram do PIBIC. “Esse resultado já diferencia o perfil de empregabilidade e de remuneração”, destaca o documento. De acordo com o CGEE, mestres têm chance 2,54 vezes e doutores 3,53 vezes maior de estarem empregados em entidades de docência e pesquisa, em relação a quem não cursou a pós-graduação.

Mas não é somente quem segue carreira acadêmica que ganha com a iniciação à pesquisa. Outra conclusão da análise do CGEE é que, para os egressos do PIBIC empregados, independentemente de terem cursado a pós-graduação, há um acréscimo à sua remuneração. “Os egressos do PIBIC que vão trabalhar ganham em média 5% a mais, controladas as demais variáveis, como idade, grande área do conhecimento e sexo.”

O estudo do CGEE pode ser acessado no link: https://goo.gl/rhTQHP